domingo, 2 de março de 2008

Casamentos

No passado sábado presenciei mais um.

A igreja da memória foi onde se consumou o matrimónio. Pequenita, mas engraçada. Pela primeira vez cheguei atrasado, depois dos noivos. Uma vergonha, da minha parte! Controlei mal o tempo, ou ele é que me controlou, não sei. Cheguei, entrei, e assentei-me num lugarzinho cá atrás, ao pé de uma miúda. Quando foi a Paz de Cristo e lhe estendi a cara, ela corou tanto que até me senti mal.

A Noiva, a Vanessa estava exuberante, os meus olhos brilharam certamente, ao ver tanta felicidade concentrada em si.

A Vanessa é minha colega no Banco. Está sentada ao meu lado direito. Foi estagiária e durante esse tempo de aprendizagem teve de ter muita paciência para aturar os meus súbitos ataques de mau feitio e o mais espectacular é que nunca deixou de perder o sorriso e a boa disposição. Ela bem merece todas as coisas boas deste mundo. O noivo também é do Banco, do mesmo edifício, e também ele cheio de Energia positiva.

O palácio dos Condes d’Óbitos, pertencente à Cruz Vermelha, foi o palco escolhido para o lauto banquete. Palácio sito na zona de santos, cheio de glamour, com uma biblioteca cheia de luz, repleta de livros nas quatro paredes e ao centro, uma mesa na qual eu já me imaginava a ler e a reflectir ou mesmo a cear.

Mas este casamento foi diferente, pois para além dos noivos, só conhecia mais dois colegas: Um ex-director: o Francisco e uma colega, a Joaninha, estagiária e a madrinha dos noivos. Quer o Francisco, quer a Joaninha, são pessoas que eu admiro, pois fazem-me rir imenso.

Antes do início do Almoço (que começou lá pelas 16h) tempo houve para as conversas. Conheci a esposa do Francisco, a Margarida, e sem dúvida que, é a outra metade dele.

Bom ambiente e disposição se proporcionou, contudo, na hora do almoço, a mesa onde pensava que iria ficar (com o Francisco e Margarida) não existia. Eu iria ficar numa mesa com outros 7 solteiros que eu desconhecia.

Apesar da reacção inicial não ter sido positiva, certo é que me diverti imenso. Mais novos que eu, mas com espírito de criança, como eu, logo começaram a tramar travessuras… A Joaninha conseguiu ficar sem sapatos e nem deu conta.

Ainda na hora do café a irmã do noivo, senta-se, a meu lado, e muito directamente: “Quem és tu que eu não te conheço?”. Lá lhe expliquei o que fazia ali.

A pista abriu com as piores musiquinhas (que são dedicadas aos nossos pais e avós) e mais tarde surgiram as músicas da moda (incluindo a do D’artacão). Dancei com a noiva, dancei com a irmã do noivo, dancei com a Maria do Carmo (rapariga que estava na mesa do Francisco), a festa se consumou e a diversão durou.

Ainda tentei ensinar uma coreografia de dança e no final já me chamavam-me de Dançarino.

Os noivos, bastante cansados, foram-se embora mais cedo que os convidados.

Foi um dia muito bom que me deixou muito bem.

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