sábado, 17 de maio de 2008

Josef Fritzl

Monstro?? Eu não sou nenhum monstro!! Então a minha filha permaneceu na Cave, por mim construída, durante 24 anos, livrei-a das drogas e ainda me chamam monstro?? Eu podia ter matado a minha filha e as crianças e ninguém saberia de nada.

Estas deverão ter sido mais ou menos as palavras do Austríaco quando esta insólita situação foi descoberta e este foi apelidado de monstro

É uma situação que nos causa nojo, vómitos e má disposição. Analisemos os 4 vectores:

- O MONSTRO: Será ele inimputável deste crime hediondo? Isto é, será que ele consegue distinguir entre o bem e o mal? Como pode a razão não ter coração? Estamos mesmo no século XXI? Ou esta personagem acabou de chegar da pré-pré-pré-história? Mas não pode… Ele teve inteligência para construir portas com códigos… A inteligência serve o bem e o mal. O que faz o cérebro humano levar a atitudes destas?

- A BELA: Nunca desconfiou das movimentações do marido? Teria medo? Teria mesmo achado que a filha teria fugido? 24 anos com a filha ali tão perto e nunca se apercebeu? Como se sentirá agora?

- A FILHA: Prova da capacidade inesgotável de adaptação e sofridão… Como é que ela conseguiu bloquear os pensamentos que a incitassem a pôr fim à própria vida?? Como é que é possível o ser humano sobreviver sem sentir, durante 24 anos, um raiozinho de luz solar?

- Os FILHOS-NETOS: O que será a vida para eles? O que eles pensam do mundo? Chegar aos 18 anos e não conhecer o Sol? Nem ter brincado com outras crianças… Infância, o que nós temos de mais belo, a inocência perdida…

Este Monstro apoderou-se da vida dos que estavam próximo e aniquilou-lhes a liberdade (que eles próprios desconheciam)…

E o meu cérebro? Será que ele me pode trair de tal maneira e levar a atitudes destas?? Se houver a mais pequena probabilidade disso algum dia acontecer que Deus prove a sua existência e me leve para junto dele.

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