quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

NATAL

É sem dúvida uma quadra linda.

Por muitos é apelidada de uma quadra de consumismo desenfreado, mas para mim continua a ser o belo, o bonito, a Luz.

Tenho pena que, nestes últimos anos, tenha passado muito rápido, qualquer coisa do género: Falta quase um mês para o Natal e..., no dia a seguir, já é dia 30....

Quando se é criança vive-se mais esta quadra. Faltam 15 dias para abrir as prendas, o que será??... Será mais um lego??... Um dos grandes??? E no dia a seguir: Ainda faltam 20 dias para abrir as prendas....

Mas porque haverá uma quadra assim? Qual a origem desta instituição que nos faz levar a dar prendas aos outros e claro, também a receber?

Será que é suposto andar chateado ou aborrecido com os vizinhos e amigos para depois haver Natal... Será

[A minha mãe chamou-me para ir abrir as prendas, este ano tive mais, portei-me melhor :-)]

Continuando, será que tem de problemas para depois haver Reconciliação

[A minha chamou-me de novo, faltava uma prenda... a daquela grande família Wemans, já estou a ouvi-la! Adorei as prendas, uma vez mais]

Continuando... o 3º round... Num mundo de causa-efeito, fazendo a questão ao contrário, se não houvesse males haveria NATAL?

Que se lixe, se há males que vêm por bem, não me interessa: É NATAL e é bom!

Mas... Não deixo de ter medo...

Medo que passe a ser um daqueles entrevistados desta época que passa o Natal sozinho, sem família, triste, sem futuros e a recordar o passado e os bons momentos que já passou

Bem, vou deixar agora de pensar nisso. Vou esquecer futuros e passados e gozar o presente pois esse já ninguém mo tira. É isso mesmo, gozar o presente... melhor.. os presentes!!! [De certeza que existe uma relação entre os "presentes"]

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Chega lá aqui, oh Stewart

Explica lá isto oh Stewart

E o Stewart lá foi explicando, com muito gosto, pois também aprende a explicar.

Fica na memória os assobios do Professor na tentativa de chamar a atenção do Stewart que não conseguia falar baixinho e ainda o quase pedido de desculpas do professor pelas chamadas de atenção. Fica também a indignação do Stewart pela exigência de cálculo de uma TIR (ainda que por interpolação linear), quando ele acha que não se deve sobrepor ao Excel nessa nobre função.

Ficam os registos de um convívio espectacular: Das piadas do Sandoval e do Setubalense sobre a tão ansiosa chegada do Nando da Paulinha, das expectativas malogradas da Cláudia sobre o Curso, do Stress da Ritinha que se transforma na soberba tranquilidade na hora do exame, na tranquilidade do Stewart que se transforma na soberba estupidez durante teste e no trodilho do Pedro sobre o Mestre da Obra Prima e o o Primo do Mestre de Obras na comparação de professores

O Stewart lá tenta controlar o stress, mas reage de forma efusiva, quando tem razão(e quando não tem também), que vale é que este grupo é tolerante e porreiro.

Obrigado pessoal, era este o espírito que tanto precisava obter.

Fica a aqui o excerto da aula que deu origem ao meu novo nome:

Professor (com a sua voz monocordica): Mómómó Stewart Mómómó Stewart Mómómó Stewart Mómómó Mómómó Stewart Mómómó Mómómó Mómómó Mómómó Mómómó

Claudia envia SMS:
- "Vamos jantar a seguir à aula? Fala com o Stewart"

Hugo recebe a sms e acha que a Cláudia se enganou no destinatário do SMS
- "Por mim ok, mas eu nao conheço nenhum Stewart "

- O grupo questiona: "Então não ouviste o professor a falar no Stewart, bolas... referiu tantas vezes?"

- Hugo: "Eu não"

- Rita: "Então quem é que achavas que era?"

- Stewart: "Sei lá, algum gajo que conhecessem

- Rita: "Quem? O Stewart little, Não??

- Stewart: Pois, se calhar...

- Grupo: AHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!! Tu ficas o Stewart

domingo, 7 de dezembro de 2008

Estudar é bom

Um fim-de-semana grande e em casa e a estudar. Estas duas últimas não combinam nada com a primeira, mas com esta chuva... que bem que sabe.

Já o fim de semana passado, em Alpedriz, também com Chuva, que bem se estava à Lareira, enquanto a chuva e a trovoada lá fora andavam a combinar a forma de, no dia seguir, impedir que a Electricidade chegasse a casa (e ainda foram umas valentes horas)

Pena é que a "minha" casa em Lisboa não tenha Lareira, nem aquela que muito provavelmente irei comprar para o ano terá, mas pronto

Futuros, futuros e mais futuros... Para quê ? Gozar o momento, o hoje e depois logo se vê.

Já fiz, a minha pausa. Agora vou voltar ao estudo, pois é essa a vontade do meu cérebro, que enquanto processa os movimentos para escrever este texto, está também a pensar nas soluções do Exercício que acabou de fazer

terça-feira, 11 de novembro de 2008

UM FIM-DE-SEMANA HORRIBILIS

Assim foi o fim-de-semana que passou. Sucintamente a cadeia de acontecimentos negativos foi a seguinte:

SEXTA
22:30: Tento abrir a porta do Carro e não tenho puxador… Por sorte, alguém deixou um pedaço que permite abrir a porta

00:20: GRANDE FLASH, mandam-me encostar, roubam-me 120 €, por estar em excesso de velocidade…. Não, não ia a 200 km/h, ia a 100 km/k, mas há um sinal que proíbe andar a mais de 60 km/h… Claro que não vale a pena argumentar que não havia ninguém na estrada, nem que sou um bom aluno, uma pessoa exemplar (acho eu). A Lei é cega igual para todos. Agora percebo porque aquela senhora de justiça está com os olhos vendados… Ajuízam-se os factos, não as pessoas…

SÁBADO
1:00 Chego ao Café e vejo o Marco Sérgio muito em baixo. Tinha os pais hospitalizados

1:15: O Zé também me fala que tem o pai no Hospital e fala-me dos stresses que tem passado

DOMINGO
15:30: Tou no funeral do pai do Marco Sérgio

16:00 Vou na Marcha fúnebre do “Mendoca” ou “Mindoca”(que já tinha 102 anos)

Não haja dúvidas: Eu detesto esta época do ano e anseio pela mudança para a hora de Verão

Ao que parece, a única coisa positiva foi o facto de ter ido buscar as análises e o Colestrol estar em 182


Ainda bem que chegou a Segunda, a Joaninha de sorriso bonito fazia anos e espalhava por nós toda aquela Juventude e alegria

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Vindimas 2008

Já foi no dia 3 Outubro, quase há 20 dias que ocorreu, em Cedofeita, a espantosa festa anual das Vindimas.

Muito mais do que um divertimento, ou trabalho é sem dúvida, uma instituição, permitindo-me conhecer a outra realidade, o outro Portugal, ou, parafraseando, ter o contacto com o país real.

Nesta ocasião tenho oportunidade de conviver com pessoas simples, modestas, mas bastante humildes e amigas do próximo. E claro, bastante engraçadas também.

Na semana que antecede as Vindimas, anseio por ouvir as piadas da Nela, ou as fanfarronices do Afonso com o seu cão Becas e tento atribuo probabilidades ao numero de anos que vai durar (caso ainda esteja activa) aquela Toyota Homer (que presumo que já nem sabe viver sem o peso das Dornas).

Este ano, julgava complicado a minha presença lá, dado que a partida para Cedofeita coincidia com um dos dias que tinha aulas no ISCTE. Contudo, também a contraparte tinha de sair mais tarde de Lisboa, pois era a inauguração de uma exposição (para a qual eu estou em falta) de azulejos da mãe do João.

Assim, a saída de Lisboa às 22h determinou a chegada a Cedofeita às 1h30. Sem dúvida que a Sharan, para além do grande motor, é bastante segura, e por isso permite “fazer curvas a 120 km/h”, ao ponto de não enjoar e até apreciar (grande Jorge!)

No 1.º e mais estafante dia, com a alvorada às 7h00 (depois de me deitar às 2h00, não só no dia anterior, mas também durante a semana), logo cedo tomei conhecimento daquelas novidades: Então Nela, como estão os seus “pequenos”? bem… “pequenos”, salvo seja… questionei eu e prontamente me responde: “Já estão grandes, a Carla vai-se casar!” e ainda antes da Nela terminar (se bem que não percebi se a conversa ia ficar por ali) outra “Vindimadeira” acrescentou “a “Nela vai ser avó”.

A Carla foi uma jovem que conheci há 5 anos, nas primeiras vindimas. Uma rapariga engraçada, alegre, bem disposta, meiga e que deve hoje os seus 21 ou 22 anos. Vamos lá ver se a verei nos próximos anos (e à criança também).

A Vindima lá se fez, o primeiro dia foi mesmo esgotante, com poucas horas de sono, quando chegou à noite caí que nem um patinho e no outro dia a seguir, apesar de mais soft, tive direito a uma sesta (após beber café!)

Em Cedofeita o tempo atípico que se fez sentir durante o ano, não se repercutiu na produção das uvas, tendo sido gerado a mesma quantidade que nos anos anteriores (ao contrário que ocorria nas quintas e nas belgas vizinhas)

Ficam umas fotos


Com um arcaboiço destes...


Grandes vistas!


Descansando um pouco num parque junto aos Eças


O Aspecto da minha mão depois de um dia de trabalho


Contemplar a paisagem após um dia cansativo

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Ainda uma pequena lembrança das Férias II


What is my Dream??...
Yves-La-Rock, S. Pedro Moel, em 03.08.2008

Ainda uma pequena lembrança das Férias



A-Do-Barbas, 28-07-2008

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Alucinante

É o termo correcto para a semana que passou. Deitar nunca antes das 2:00h e na quarta foi mesmo perto das 3:00h (isto depois de uma ida ao ginásio)

Não quero deixar de fazer o que normalmente costumo fazer, tentei fazer tudo e esticar o tempo.

Foi a primeira semana com aulas sujeitas a avaliação. Sete anos depois já lá vai a mecânica, o ritmo. Perante determinado problema demoro muito a pensar e às vezes não chego lá. Apesar de ter imposto estudo, no fim-de-semana, tal aconteceu, mas de uma forma muito reduzida… Devia ter estudado mais.

Sexta fui à festa do Caloiro no Técnico. Agora que também sou caloiro decidi ir lá após convite da Joaninha.

Mas antes mesmo da festa tive o jantar organizado pelo Nuno. Como já nos via há muito decidiu fazer um jantar. Faltou o JW que não encontrou tempo entre a WS e a tese de Doutoramento. Esse jantar foi produtivo, pois percebi melhor como funcionam os advogados e/ou as casas de advogados. Realmente a mulher do Duque não se inibiu e falou e explicou e mostrou o mundo da advocacia.

Soubemos também que o Bruno Neves vai abraçar um novo projecto em Madrid e como não podia deixar de ser, o mais importante, o Nuno. Surpreendentemente, decidiu tirar o curso de Engenharia do Ambiente na Universidade Lusófona… Esta foi mesmo uma bomba, mas pela positiva. Acho que foi bom para ele. Agora tem de arranjar tempo para conciliar o tempo. Esse será o maior desafio.

Após o jantar dirigi-me para o IST. Mal entrei no Instituto e ao ver aquela gente e aquela festa um enorme flashback ocorreu em mim (eu sei, ando a ver muitos filmes). De repente, em mim, um upload de memórias eram carregadas no meu cérebro. Aquelas festas, aquelas noites, aqueles shots… Se há algo que não irei esquecer será o Gu a virar-me de pernas para o ar e um regresso a casa completamente narso.

Mas agora com 29 anos, a festa foi diferente. Actuavam os Wraygunn. Tb Rita Red Shoes, mas aqueles tinham a Selma que é amiga da Joaninha.

A Joaninha tem sido e naquela noite continuou a ser espectacular. Não me deixou sozinho. Teve sempre a preocupação de me apresentar aos amigos e às amigas e de me fazer sentir como se em casa estivesse. Ela é mesmo querida. Nessa noite houve vezes que me introduziu como “o colega que a atura todos os dias”. Mas eu não aturo nada esta miúda. Aliás ela é que tem de aturar as minhas súbitas variações de humor. Nessa semana, houve uma vez que me passei completamente. Á hora de almoço fui para casa com o sentimento de culpa por ter apagado aquele sorriso que eu tanto adoro. O que vale é que ela é boa pessoa e não criou ressentimentos. Muitas vezes, antes de me fazer uma questão, pergunta-me, de uma forma tímida e receosa de algum delírio meu, se me pode interromper…Às vezes pareço mesmo uma besta.

No Sábado, em Alpedriz. As vespas impediram novamente de uma subida ao Telhado.

Tive com o meu primo. Receios de que as coisas não andavam bem, vieram a concretizar-se hoje, com um apelo da Margarida para a mudança por parte dele.

Os dias 27 parece que passarão a ser importantes. Dia 27-01-2007 fiz a minha tatuagem. Dia 27-09-2008 abandonei as minhas premissas mais fortes, mas mais importante a opinião sobre algo que achava que seria inquestionável. Já dizia Santana Lopes (quando se referia ao Presidente da República quando este decidiu deitar abaixo o Governo, depois de lhe ter que não o faria) que as pessoas podem sempre mudar de opinião, uma vez que podem existir factos que determinam a alteração do sentido das nossas posições. No meu caso foi mesmo o esgotar de argumentos que validassem a minha posição. Parece que houve um género de reverso da medalha que me fez rir imenso…

De regresso a Lx, mais de meia hora para estacionar, uma vez que aqueles concertos de Jazz trazem aqui imensas pessoas, incluindo a Ana Macedo que esteve também no arraial do IST (Soube hoje) e, apesar das proximidades, não nos encontramos.

Bem, esta semana vai ser complicada. Aliada ao trabalho, acresce os estudos e uma viagem de madrugada para o Douro. Até ao lavar dos cestos….

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Começou

Iniciou uma nova etapa que irá prolongar o tempo, fazendo com que este não ande tão rápido como costume.

Hoje foi a apresentação dos Mestrados Executivos no INDEG / ISCTE. Cerimónia com pompa e circunstância, na qual colocaram à nossa disposição uns "comes e bebes" que mataram a minha fome.

Apesar do meu receio, parece que o sistema de avaliação não é tão mau, embora devam ser exigentes e tenha, sem dúvida de me aplicar.

Uma nota positiva. Duas personagens que frequentaram gestão no ISEG, no meu ano, embora não tenham sido da minha turma.

Vamos para a frente, vai ser um grande teste à minha capacidade mental e física

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Vespas

Quando era pequeno, fui picado por uma abelha.

Bem, até aqui nada de especial, não sei quantos de vocês já passou por isso, mas para mim, ficou marcado, ao ponto de não me controlar perante umas quantas e ter uma atitude de quase pânico.

Assim foi, no passado sábado. A minha mãe havia-me distribuído uma tarefa: Cortar a hera que já estava a crescer por cima das telhas. Uma tarefa simples e de recorrência anual.

O problema foi quando pisei a 3.ª telha. Lá de baixo estavam umas quantas vespas e mal lhes pus o pé por cima, começaram logo a voar em torno dele. Claro que eu não as tinha visto, senão não ousava passar ao pé delas. A minha reacção foi um berro, mesmo daqueles berros que não foi “de gaja”, porque não foi agudo.

O coração batia e nesse momento já uma grande quantidade de adrenalina tinha sido bombeada… aguardei e tentei espreitar se havia vespas na Hera… Entretanto, já os meus pais me chamavam e me diziam que deveria “abortar a missão”… aguardei e tentei espreitar novamente.

Com tanto chamamento, foi fácil demover da minha senda. Mas… mal me voltava para sair dali, mais umas quantas vespas por debaixo de outra telha. Desta vez já não gritei, apenas falei mais alto: Bolas, há aqui mais! Mas o coração voltou a bater mais forte e desta vez a pernas pareciam começar a tremer… Aquelas outras Vespas também me rondavam os pés.

Claro que, quem está de fora tem o cérebro a funcionar a 100% e o meu padrasto, com uma daquelas frases: “Elas não te fazem mal, estás de calças” e quando o meu cérebro se colocou a cima do meu instinto, acalmei, ou pelo menos tentei, pois voltei a pisar uma telha próxima donde estavam os malditos insectos e agora ainda tinha de sair dali… as pernas voltavam a tremer, pois grande era a ânsia de dali sair.

Lá desci, com alguns sobressaltos, mas acho que devia estar branco. Claro que no final a sensação até era boa.

Agora como é que explicamos aqueles animais que ali não podem estar, pois aquilo não é deles ou, mesmo que nós deixemos, como lhes explicamos que não queremos fazer mal…

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Carolina e os doidos do Pai e Primo

Já merecia um Post esta pequena, peço desculpa pelo atraso…

Não, não é a minha paixão do 12.º. É a filha do meu primo.



Na foto: Margarida (a Mãe) e Carolina com apenas 1 mês



Agora, mais grandita, já se ri e, como não podia deixar de ser tem um ar bastante fofo.

A vida tem destas coisas. Considero que eu e o meu primo somos almas gémeas complementares, diferentes e iguais em muitas coisas. Lembro que, numa daquelas longas conversas sobre as fatalidades da vida, 6 meses antes de nascer a sua princesa, ele me dizia que não estava preparado, que, por ele, não teria filhos e rematava que eu é que teria as condições (financeiras) para ter filhos.

Vendo-se ele, nesta situação, o óbvio saltava-se à vista: “Eu queria ser tu e tu querias ser mim” Ele queria andar agora nesta vida de andar na discoteca até às 8h e eu ter um filho.

Apesar de ele estar a gostar da experiência, de estar contente com a sua filha, sente-se limitado, não pode aventurar-se a ir trabalhar para o estrangeiro e não tem direito a noitadas.

Eu, continuo a afirmá-lo que se tratam de pequenos sacrifícios para os quais estaria bem mais do que disposto a fazê-los.

A Bebé, essa continua linda e fofa e já se ri mais. Hoje, mal me viu começou a rir-se e quando me despedi, começou a chorar, porque o que ela queria era ir para a rua. Mesmo querida e gira.

Entretanto, num acto de loucura, o meu primo pintou o cabelo, para estar na moda…



Mas não gostei e ele, pela profissão que desempenha, corre o risco de ser mal visto e mal interpretado. Claro que, com cabelo naquela forma, toda a gente em Alpedriz goza com ele. Entretanto, enquanto escrevia este post, andava ele a repor a situação original, a cortá-lo.

Agora, com aquele corte ele parece-se comigo… Lá está… Somos Primos! :-) E eu quando tinha 22 (na viagem de Finalistas da Faculdade à República Dominicana) também já o fiz

Fim das Férias - Parte II: Reviver e Reflectir

Este ano de 2008 tem sido uma espécie de repetição do antigamente, de outros anos.

Bem sei que o passado foi bom e por muito que pensemos nele, não podemos ter ilusões, pois não conseguiremos vivê-lo novamente e sendo o Futuro uma incógnita, não haverá nada melhor que o Hoje, é por isso é que lhe chamamos “presente” [Nota: Esta frase não é da minha autoria!]

Contudo, durante este ano tenho vivido experiências que são um pouco como reviver o passado. Essas aventuras vão desde a voltar a sair à noite com “fulano”, o “sicrano” que também tem estado mais tempo comigo porque acabou com a namorada e ainda “aquele” que voltou para a namorada.

As férias foram o espelho do que aconteceu nos anos em que frequentava a Faculdade (mas desta vez sem stresses por dinheiro)

Á noite, foi mesmo a doideira com chegadas “cedo” a casa, tão cedo como nunca tinha chegado, como às 8h, completamente refém daquele magnífico som que passa no snoo bar.

É um facto que sempre gostei de sair à noite e, agora até tenho ido sozinho, mas não deixo de me divertir e de, entretanto, encontrar alguém que conheço.

Mas esta vida não deixa de ser uma segunda opção. Não era esta a minha primeira opção, não era assim que queria que as coisas acontecessem quando pensava no meu futuro há 5 ou há 10 anos. Por isso e sendo uma segunda opção, um “remédio”, tem o valor que tem um zero à esquerda. Apesar de ser bom “curtir” até Tarde, ver o nascer do dia na Discoteca, andar mais para lá do que para cá, e ser invejado por outros por não poderem ter tanta liberdade como eu tenho, penso que seria muito mais gratificante estar em casa, com a mulher e filhos e experienciar aquela vida dos invejosos.

Mas se não há coincidências, talvez este futuro ainda não o tenha alcançado porque ainda não estou preparado.

Ainda assim continuarei a lutar por ele…

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Fim da Parte I

As férias terminaram, para o ano haverá mais.
Nem todos os objectivos foram integralmente cumpridos, mas a nível de leitura foram concretizados a quase 90%.

O que é que falhou, fazer comida continua a ser um desafio, apesar de já ter algumas receitas no papel.

Às vezes penso que a Vida é como um Jogo de PC (e as férias são um nível de Bónus). Todos os anos aparecem (são desbloqueadas) personagens novas, mas também deixo ver (são bloqueadas) outras personagens…. E ás vezes são desbloqueados umas personagens que já tinha sido bloqueadas depois de terem sido desbloqueadas…

E segue-se em frente, para o próximo nível.

Curioso foi, a minha mãe que, ao despedir-se de mim, quando regressava a Lisboa finda as férias), me desejou um bom ano. Estamos em Agosto, mas tenho de concordar que, a seguir às férias, também considero que é um novo ano que se inicia. Provavelmente, estamos ainda ligados ao ano escolar.

E a chuva marcou este Verão. Se fosse o ano passado teria ficado muito chateado, mas neste, a chuva sempre servia de pretexto para ficar em casa a estudar ou a ler. Depois desta marca que, amavelmente, o Sol me deixou, após um dia prolongado de praia, agora Sol e Praia apenas qb.

E o Francis não se apurou para a final. Grandes expectativas dos Atletas portugueses em Pequim, mas até agora nada, mas eles e elas bem se esforçam e dão o seu melhor.

O meu regresso ao banco podia ser melhor. Ir trabalhar a uma Quarta e Quinta, para que, ainda na Quinta tivesse de regresso para a minha última festa de Verão, no Nostalgia foi boa ideia. Contudo, o meu regresso ficou marcado, já na Quinta, pela minha e impossibilidade de controlar os pensamentos negativos que inundaram o cérebro e deste modo, o meu mau feitio se ter revelado. Perdi a paciência e explodi. Não posso perder a paciência, ou melhor, não posso transmitir ao meu cérebro que se acabou a paciência, pois a paciência tem de ser como o Sol ou a Água, isto é, essenciais e inesgotáveis.

Admiro os/as colegas que têm paciência e paciência para me aturar… SMILE…!

Bem me parecia que devia ter escrito este texto a dois tempos. No sábado 16, véspera de terminarem oficialmente (sim porque aqueles dois dias no Banco fizeram-se bem) as minhas férias, conheci a prima direita da Sabine, minha colega da faculdade. Como este mundo é mesmo muito pequeno. A Ana, morena, mas também engraçadita como a Prima.

Mais uma noite, no Snoo, e até às 7:00h, escravo daquela pista de dança e daquele olhar bonito e atemorizador.

Já no Domingo, JW revela as fotos da Noruega e que país bonito aquele.

A saga das Ferias e do Verão tem de continuar.

Nota: Redacção iniciada em 16-08-2008. Ultima actualização: 18-08-2008

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Ferias

Finalmente chegaram.

Mais uma temporada de sol e praia, desta vez, bastante ansiadas, depois de precedidas de duas semanas loucas, no trabalho. Ainda assim, estou numa equipa fantástica, com recentes aquisições que me vieram “ajuventar” e prolongar a fase de adolescentes. Sem dúvida que são aqueles sorrisos que, ultimamente, mais contribuíam para a motivação de ir laborar.

Regressando ao doce, estas férias, apesar de parecenças com a dos anos anteriores, nomeadamente o local, irão ser diferentes.

Levantar ao meio dia, só mesmo ao fim-de-semana. Nos outros dias é mesmo para acordar cedo pois os novos tempos que avizinham carecem de algum estudo prévio. Para além do estudo é necessário aprender a sobreviver, ou seja, a cozinhar.

Engraçado, chegámos aos tempos de hoje, interiorizamos diversas disciplinas, conceitos e mostramos aptidões, mas fazer arroz, bacalhau com natas, carne estufada é algo completamente inconcebível para mim.

Entretanto fiz outro teste ao meu corpo, depilação a cera no peito, costas, braços e axilas. Digo já que custa, principalmente junto ao umbigo, mas a sensação de passar a mão pelo corpo e não sentir pelos é excelente. Entretanto “os pendentes” foram à Gilette.



Porque fiz eu isto? Nem sei. Talvez a ausência de experiências e o teste de limites do corpo. E teria eu feito se, sei lá, tivesse casado, ou com um filho?  A questão do costume.

Uma semana passou, bastante mais rápida do que nos anos anteriores. Parece que, se dormisse 12 horas, o tempo demorava menos a passar.

Nota: Escrito e reflectido em 2 de Agosto de 2008

domingo, 27 de julho de 2008

Boa Primo!!

cabava eu de me inscrever na Pós-Graduação, acabava o meu primo de concluir o 12.º ano, ao abrigo do programa novas oportunidades.

Não há coincidências, não há acasos.

PARABÉNS Primaço!!! GRANDE ÉS TU!! CONSEGUISTE!! JÁ TENS O 12.º!!! MUITO BEM!!

Obrigado primo por me teres envolvido, nos mais variados prismas, nesse teu projecto briosamente concluído. Ajudaste-me a aprender e eu gostei de ver a tua face “mais intelectual”

E obrigado “Zé”, ao criares este programa (ainda que, provavelmente, alguma directiva europeia tenha obrigado)

Agora é a minha vez. Vou ter de “agarrar o desafio”, apesar de me sentir injustiçado. Injustiçado, pois não compreendo o porquê de, caso eu queira ter um Mestrado, tenha de estudar mais 2 anos (para além dos 4 da Licenciatura), fazer uma Tese e ter de arcar (eu ou interposta pessoa, nem que seja sob a forma de um compromisso de permanência) com Encargo de 10 mil euros quando a nova vaga de recém-licenciados, pós Bolonha, estude 4 anos, pague as normais propinas, faz uma tese e tem um Mestrado.

Talvez um dia reclame, em sede própria.

Agora é a minha vez e tudo correrá bem. Aliás, somos primos!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

A 2 meses do novo desafio

Fui hoje me inscrever no Mestrado Executivo em Finanças, com Especialização Corporate Finance. Que nome tão grande, uma eternidade a escrevê-lo

Aceitei o novo desafio, mas tou preocupado. Tenho receio em falhar na auto-disciplina. As condições impostas por eles são bastante leoninas. Um tipo paga, não pode faltar e se falhar um exame... temos pena... não há excepções.

Também acho injusto o preço que é cobrado. Eu tenho uma licenciatura tirada em 4 anos. Se quiser o Mestrado tenho de voltar a estudar mais 2 anos e pagar cerca de 10m€. Os discentes que entram na faculdade, com Bolonha, têm acesso ao Mestrado em 4 anos.

Bem, chega de queixas. Que os meus mais queridos me protegam e que a minha sanidade mental não se degrade e para aqueles que me têm de aturar, por favor, tenham paciência

domingo, 13 de julho de 2008

Euro 2008, Suiça e Munique

Já lá vai, há um tempinho! Sim, eu sei que tenho estado em falta, muitas vezes dou por mim a questionar quando é que lá vou ao Blog, até porque material para reflectir não falta.

Bem, em frente. Mais uma vez, pela terceira consecutiva (já desde 2004) que estou presente nos grandes eventos do futebol. Claro que, caso não fosse aquela personagem de nome João Wemans, eu nem teria ido, nem conheceria aquilo que sei hoje da Europa.

Aproveito para fazer, desde já, um agradecimento especial, aos anfitriões Vasco (em Genebra) e Miguel (em Laussane, Saint-Sulpice) que nos acolheram nas respectivas casas, colocando-nos extremamente à vontade, como se em nossa casa estivéssemos.

Começando pela Suíça, sem dúvida que é um país ainda de mais brandes costumes que o nosso, ali existem mesmo regras e a calma e sossego são condições intrínsecas da Comunidade Helvética. Vim a saber que haviam alguns Suíços que não estavam de acordo que o Euro fosse ali disputado, pois isso iria alterar radicalmente as suas vidas!

Chegámos a Genebra no dia 6 de Junho (ainda que, de Avião, tivéssemos ido para Basel). Esta cidade é povoada em 50% por Portugueses, daí que se tenha de ter cuidado quando piropos ou impropérios são proferidos. Relembro que, numa primeira viagem de autocarro (ainda em Basel, do aeroporto para a cidade) a aproximação a nós de uma senhora de meia idade não levantava suspeitas, não fosse ela portuguesa. Tratou-nos logo de nos avisar para termos cuidado com a polícia, porque eles não perdoam (em Basel havia sido construído uma prisão pré-fabricada para colocar lá quem se portasse mal) e a seguir, muito amavelmente tratou-nos de ajudar e de nos dar indicações.

Genebra é fantástica, é possuidora de uma rede transportes exemplar (da qual eu abusei fortemente, e na maior parte das vezes gratuitamente, ainda que não consentido), calma, e conhecida pelo seu jacto de água. Permite ainda aos turistas, alugar bicicletas, sendo que as primeiras quatro horas são gratuitas e como existe inúmeros pontos destes espalhados pela cidade, pode-se alugar num sítio e deixar no outro. Isto é mesmo bom para Português.

Durante a minha estadia não vi nem pobres nem drogados, o que me leva a pensar se, o nosso país é bem gerido…

Contudo, é uma cidade cara e, para mal dos meus pecados, sem café de jeito. O café lá é mais caro que um croassaint e não vale nada. Se não fosse o Vasco e a Daniela e a máquina da Nespresso, não me safava. Outro problema é a habitação. Além de uma forte ausência de casas disponíveis para habitar, novas construções não existem e na hora de alugar, não há liberdade. Segundo o Vasco, não podiam alugar um T2 porque não tinham filhos e não podiam alugar um T0, porque seria barato para os rendimentos que auferiam. É uma “inliberdade” mas justa, é uma forma de melhorar a distribuição de rendimentos.



Depois de 5 dias em Genebra e de deixarmos um “sinal” ao Vasco, fomos visitar o Miguel, ex-estudadente da FCT que está agora a viver em Laussane, Saint-Sulpice. A casa dele é acolhedora e beneficia de uma vista magnânime sobre o Lago Leman e França. Contudo, é bastante calma. Às 23h não se vê ninguém na rua, nem há bares para o convívio. É Alpedriz, ainda que tenha um posto da polícia e farmácia.



De Laussane partimos para Munique, pois o João tinha uma feira de fotovoltaico para vistar. Outra cidade extremamente bem organizada, com uma rede de metro bem desenhada, algo complexa no início para quem não está habituado a ver tantos riscos!

Culturalmente, ao nível das babes, é bem diferente!...

Se fosse para ganhar a vida, ali trabalhava até às 17h, depois ia beber uma bjeca (daquelas de 0,5 L) e às 18:30h estava em casa para ajudar a minha mulher e brincar com o meu filho. Muitos “futuros” inundaram a minha cabeça, sendo que este era o predominante…



Quanto ao desempenho da selecção portuguesa, durante a minha estadia:

- Foi uma felicidade ver os dois primeiros golos no jogo contra a Turquia, ainda por mais que estava mesmo pertinho da baliza. Sei ainda que apareci 2x na televisão. Uma delas foi aos 84 minutos, enquanto o Nani estava a ser assistido, o cameraman decidiu filmar os Sex Symbol portugueses. Contudo, nunca vi essa imagem, portanto, se houver alguém que tenha gravado este jogo, por favor entre em contacto comigo.

- Em êxtase, no segundo jogo, pois estava com uma grande tosga e imensamente feliz, às 18 h, enquanto via o Deco a marcar o primeiro golo aos 8 minutos, contra a República Checa

- Indiferente e com falta de ambição, no jogo contra a Suiça, dado que já tínhamos passado a primeira fase e fosse qual fosse o resultado, seríamos o primeiro do Grupo. Mas, nesse jogo, tivemos azar e fomos roubados!






Agora com as férias a ver se vou escrevendo e reflectindo mais.

PS - As fotos são as que foram tiradas do meu telemóvel, temos cerca de 700 tiradas por várias máquinas digitais

terça-feira, 20 de maio de 2008

Museu do Oriente



No passado dia 11 aproveitei a borla da entrada Gratuita no Museu do Oriente.
Aproveitando a relativa proximidade à minha casa, dirigi-me a pé para o Museu.
Quando cheguei, grande foi a minha admiração pela fila de espera para a entrada. 25 minutos depois e após ponderar várias vezes a desistência lá permanecei e entrei.
Adorei a exposição. Está bastante bem conseguido, desde o aproveitamento do espaço até às próprias exposições.

O Museu está divido em 5 pisos, e com exposições permanentes e exposições temporárias.
Actualmente, a exposição temporária é sobre as Máscaras da Asia, cuja pequeníssima amostra podem encontrar neste blog. As máscaras estão associadas aos mais variadissímos temos, como teatro, religião, estórias, etc.
Exposições permanentes existem 2: A presença portuguesa no Oriente e Deuses da Ásia.
Mesmo tendo estado três horas no museu, acabei por não ver a exposição dos Deuses da Ásia.
Relativamente à exposição da presença portuguesa no Oriente, tive ainda a sorte de beneficiar de uma visita guiada o que permitiu adquirir mais alguns conhecimentos e curiosidades como o facto de
Portugal ter tido, durante muito tempo o unico elefante na Europa (trazido das Índias).
Fomos mestres no negócio, construíamos fortalezas onde nem lembrava ao menino Jesus, pois durante as nossas investidas pelo Oriente nunca foi nosso intuito ostracizar povos locais, mas sim controlar rotas comerciais.
Às vezes pensamos que a China e o Oriente está tão longe, mas, sem dúvida que, os nossos antepassados deixaram-nos um legado que encurta as distâncias.
Recomendo a ida ao museu. Acho que a Entrada custa 4 €.

sábado, 17 de maio de 2008

Josef Fritzl

Monstro?? Eu não sou nenhum monstro!! Então a minha filha permaneceu na Cave, por mim construída, durante 24 anos, livrei-a das drogas e ainda me chamam monstro?? Eu podia ter matado a minha filha e as crianças e ninguém saberia de nada.

Estas deverão ter sido mais ou menos as palavras do Austríaco quando esta insólita situação foi descoberta e este foi apelidado de monstro

É uma situação que nos causa nojo, vómitos e má disposição. Analisemos os 4 vectores:

- O MONSTRO: Será ele inimputável deste crime hediondo? Isto é, será que ele consegue distinguir entre o bem e o mal? Como pode a razão não ter coração? Estamos mesmo no século XXI? Ou esta personagem acabou de chegar da pré-pré-pré-história? Mas não pode… Ele teve inteligência para construir portas com códigos… A inteligência serve o bem e o mal. O que faz o cérebro humano levar a atitudes destas?

- A BELA: Nunca desconfiou das movimentações do marido? Teria medo? Teria mesmo achado que a filha teria fugido? 24 anos com a filha ali tão perto e nunca se apercebeu? Como se sentirá agora?

- A FILHA: Prova da capacidade inesgotável de adaptação e sofridão… Como é que ela conseguiu bloquear os pensamentos que a incitassem a pôr fim à própria vida?? Como é que é possível o ser humano sobreviver sem sentir, durante 24 anos, um raiozinho de luz solar?

- Os FILHOS-NETOS: O que será a vida para eles? O que eles pensam do mundo? Chegar aos 18 anos e não conhecer o Sol? Nem ter brincado com outras crianças… Infância, o que nós temos de mais belo, a inocência perdida…

Este Monstro apoderou-se da vida dos que estavam próximo e aniquilou-lhes a liberdade (que eles próprios desconheciam)…

E o meu cérebro? Será que ele me pode trair de tal maneira e levar a atitudes destas?? Se houver a mais pequena probabilidade disso algum dia acontecer que Deus prove a sua existência e me leve para junto dele.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Quando me casarei e terei um filho?

“A donzela é poderosa. Não será conveniente contrair matrimónio com tal mulher

Assim o príncipe age quando dissemina o seu comendo e os proclama nos quatro ventos do Céu.

Não siga os passos dos outros. Tome cuidado com situações perigosas: Enganos e Objectivos secretos serão danosos, embora honestidade e Acções honrosas poderão ser vantajosas. Aprenda com essas situações para o futuro.”

domingo, 20 de abril de 2008

Cumprimentar com Beijinho ou simplesmente dizer olá?

Muitas vezes quando me cruzo com raparigas/mulheres conhecidas, pois aos homens e rapazes não se coloca esta questão, fico na dúvida se as cumprimento, socialmente, com dois beijos na cara, ou se as cumprimento com um "Olá" ou com um "Tudo bem?"

Sendo eu como sou, não gosto de desperdiçar dois valentes kiss na cara, mas às vezes pergunto-me se não estarei a ser… como eu de dizer… colas? ... Ou Desagradável?

Se calhar devo deixar a outra pessoa ter a iniciativa, mas se ela achar que sou eu que não gosto de ser beijado? Ou se ela achar que estou a ser indelicado por não querer ir lá cumprimentá-la e/ou para além dos "dois beijos" e do "tudo bem?" não perguntar mais sobre o que anda a fazer e quais os projectos?

Pior, ainda é quando se trata de dar um… Já fiquei agarrado, mas também já deixei alguém nessa situação.

À Francesa são 3, estes são os meus favoritos, apesar de nunca os ter dado como tal, mas apenas em gesto de brincadeira

Bem… Se alguma vez essas pessoas conhecidas/amigas lerem o meu blog, ficam a aber que eu gosto de ser cumprimentado, socialmente, com dois beijos na cara e se tiver oportunidade (se não tiver pressa de chegar a algum lado) terei o gosto, caso haja disponibilidade da contraparte, de ter um diálogo sobre o seu mundo

Envelhecimento e Solidão no interior do país

Na semana passada vi uma reportagem, num noticiário da Televisão, que informava de Actividades lúdicas oferecidas, no interior do país, a pessoas de idade.

Nessa reportagem, as pessoas eram questionadas sobre as Actividades e sobre o referido projecto.

Todas as pessoas mostravam contentamento, dançavam, brincavam, interagiam umas com as outras e diziam que dava para passar o tempo, sempre se sentiam menos sozinhas, mas que depois, no regresso a casa, voltava tudo ao mesmo.

Uma delas dizia que, no dia anterior, passou-o a andar de uma janela para outra, intercalando com uma ida ao sofá e a ver televisão.

O outro caso sensibilizou-me ainda mais… Um senhor, dirigiu-se ao local onde os serviços de animação estavam a ser oferecidos, mas não participou… não dançava com as “moças”, limitava-se a observar. A equipa de reportagem acabou por estar na casa desse senhor, onde lhe questionou um pouco da sua história. Ele referiu que, após o falecimento da mãe e do irmão a vida dele ficou mais solitária. Ele lá ia respondendo a uma perguntas (as quais não me recordo) mas todo ele eram nervos e via-se pelo entrelaçar constante dos dedos. Penso que os nervos seriam por ter, de repente, todo aquele aparato de câmaras e jornalistas em casa dele, e ele ter alguém com quem falar.

É claro que aquele senhor, tímido, vivia sozinho e por momentos, uma voz sacana, do meu mais profundo inconsciente quis fazer-se ouvir: “Podes vir a ser assim!”

Mil e uma coisas pensei, imaginei e projectei sobre o que aquele senhor teria vivido e sobre o que eu também vivi e estava já a tentar “experienciar” aquela hipotética forma futura de viver…
Lá cortei com esses pensamentos “manhosos”. Aquela vozinha teve o seu tempo de antena, mas o futuro ainda tem muito que esperar

sábado, 12 de abril de 2008

Penalização

Em Janeiro, quando saiu a alteração das Contas Poupança Habitação que permite, se verificadas determinadas condições, mobilizar os valores, para fins não previstos, sem penalização, pensei fazer o mesmo.

Questionei o meu gestor de conta que me informou que podia movimentar todos os valores entregues até 2003 e que, as “entregas posteriores a 2004, podem ser resgatadas se tiverem um ano desde a entrega. São estas entregas que a quando do resgate, poderão ser analisadas pelas finanças como sendo parte de entregas de 2004”

Deste modo mobilizei, para fins não previstos, 3000 € que correspondiam às entregas feitas em 2002 e 2003 (1500 € cada)

Contudo, apercebi-me que posso incorrer numa penalização.

Inquiri-me junto das finanças e em meia hora depois veio a resposta: “Não efectua este serviço qualquer simulação. Com resulta da resposta já enviada sofrerá uma penalização
” (isto porque a primeira resposta era-me inconclusiva)

Ao que parece:

“Com a entrada em vigor do artº 78º da Lei nº 67-A/2007 apenas serão penalizados os levantamentos para os fins não previstos respeitantes a depósitos efectuados durante o ano de 2004, pelo que, os sujeitos passivos que não fizeram nenhum reforço em 2004 poderão movimentar os depósitos em CPH sem qualquer penalização, independentemente dos fins a que se destinem.

Os sujeitos passivos que efectuaram depósitos em 2004 e anos anteriores que movimentarem as referidas contas para os fins não previstos sofrerão penalização na parte que proporcionalmente corresponda aos depósitos efectuados em 2004.”

Pelo que percebi, uma vez que em 2004, entreguei 2000 € e que corresponde a 40% do total das Entregas (desde 2002 a 2004) da mobilização de 3000 € o fisco / a Lei, assume que 1200 € correspondem a entregas de 2004 e por isso vou ser penalizado.

Agora expliquei-me o fundamento. Porque é que o Legislador considera esta assumpção? O que é que a Lei tende proteger com isto. Se eu tivesse esperado mais um ano, não seria penalizado. O problema é que a remuneração da CPH é de apenas 2%, abaixo da inflação e isso também é outra coisa que não percebo.

Paga-se e pronto

12.º e Novas Oportunidades

- Primo, tou tramado, tenho de fazer um Portfolio e não sei como se faz. Deram-me um contacto de uma rapariga que fez um, mas quando estava a tirar o 9.º Ano. Keres vir comigo amanhã a Porto de Mós?

Estas foram as primeiras palavras do meu primo, na Sexta-Feira passada, mal nos encontrámos para nos dirigirmos até Leiria. Durante a viagem, ele lá me foi contando sobre o desenvolvimento do trabalho dele, no âmbito das Novas Oportunidades.

Mas ele impressionou-me e desta vez com mesmo algo que não estava à espera: o Discurso. Durante minutos, naquela calma viagem, falou-me com um encadeamento lógico de frases bem construídas tal, que quase parecia o Marcelo ou o Vitorino. Eu nunca o tinha ouvido falar daquela maneira.

No Sábado lá fui eu e lá percebi o que é que os professores pretendem com a elaboração do Portfolio. (A última vez que tinha ouvido esta palavra foi quando estava a ser empregue a uma carteira de títulos negociáveis). Resumidamente, ele terá de montar o Dossier/Portfolio com todos os trabalhos já elaborados e enquadrá-los nos requisitos exigidos para obter o 12.º Ano.

Depois de ter descoberto a pólvora, ele lá iniciou a construção do Dossier. Nunca o vi tão empenhado…Os olhos dele brilhavam quando captavam as minhas explicações simples sobre o Excel, apercebendo-se claramente que um computador e um programa de software é um puro jogo de lógica.

Assumo que, quando foi lançado o programa novas oportunidades, julguei que fosse um movimento de fachada que tentasse encobrir o reduzido grau de escolarização da população portuguesa.

Contudo, depois de testemunhar o envolvimento do meu primo, penso agora que este programa junta o útil ao agradável.

A Escola da Vida não é facultativa. Vives a vida, aprendes, vives a Escola, ou seja, a Vida é uma Escola.

A vida transmite-nos experiências que vão muito mais além das experiências dos outros, inscritos sobre a forma de números complexos (na matemática) ou sobre um Activo e uma Passivo de um Balanço (em Economia/Gestão)

Porque razão uma pessoa que já aprendeu 2 ofícios diferentes, já sabe trabalhar com Excel, já consegue elaborar um orçamento familiar não pode ter as mesmas equivalências de uma pessoa que, com menos 10 anos, sabe mais de derivadas e primitivas?

Obrigado Zé por teres transformado um mestre d’ obras (no bom sentido) numa pessoa que tende para o intelectual

Precipitações

- Agora vai parar uns dias, toma este comprimido 2x por dia e depois pode começar a fazer desporto
- Ok. Obrigado Dr.

Assim foi, há cerca de 1 mês…

- Aqui tem Drª, o raio-x. Não está nada partido pois não? O outro Dr disse que não.
- Não, pelos vistos já recuperou

Assim foi há três semanas…

No Domingo de Páscoa, depois de uma semana parado, resolvi “ressuscitar” e lá fui eu ao Ginásio, fazer um treininho… calmo, claro

Terça, fui jogar o último jogo do Torneio Interno de Futsal do BBPI… Correu bem… Lá regressei a casa, de bicicleta, apreciando aquele Tejo magnífico reflectindo as Luzes da Outra Banda.

Quinta, um treino a sério, de perder 700 kcal, pois abaixo disso não é treino, é passeio.

E Dores? Essas nem as sentia, quanta era a êxtase de estar a regressar ao nível desejado.

Sábado, o habitual jogo de futebol. Sentia-me 100% recuperado. O jogo correu bem, dentro do que é correr bem, pois já lá vai o tempo em que jogava tão bem como o Cristiano Ronaldo J… Contudo, mal entrei no Carro do HBS, enormes contracções dos músculos, junto às costelas e no sítio onde fui tocado emergiram… e não paravam…só deitado é que não tinha contracções.

5 Horas depois e os espasmos não paravam, pelo que decidi ir até Hospital. Depois de 3 embalagens de soro (misturado com um químico não sei bem qual) lá pararam as contracções… Toma lá Magnésio e mais uns comprimidos cujos efeitos secundários, com probabilidade de 10%: sintomas de Cansaço e com probabilidades de 1%: sintomas de Vertigens, Boca Seca, Sensação de Embriaguês (esta até nem era má), flatulências (gases) (dos dois parêntesis seguidos serve para mostrar que aqueles primeiros parêntesis estavam lá mesmo. Será que alguém não sabe o que sã flatulências?)

Duas semanas já passaram…. Para a semana vou fazer nova Radiografia e uma Ecografia e vamos lá ver se esta brincadeira passa e se percebo afinal o que tenho.

Anseio por sonhar.

domingo, 16 de março de 2008

Deixem-me Correr

Ás vezes a vida não corre como nós queremos, existem obstáculos, uns mais superáveis que outros, o que de certa forma até nem é mau, pois obrigam-nos a lutar e quando são ultrapassados, em ZEN entramos.

Contudo, há barreiras que eu detesto ultrapassar. Uma delas é não poder correr ou melhor, não poder fazer exercício.

No passado Sábado, num lance disputado, desequilibrei-me e apoiei o meu corpo nas costelas laterais e inferiores em cima do joelho do jogador da equipa adversária. Apesar da intenção desse jogador não ser má, quando saí (não me recordo como) e me assentei no chão, não conseguia respirar normalmente. O não conseguir respirar até nem me estava a perturbar muito, pois o receio que tinha era que, de repente, fosse inundado por uma dor insuportável, o que não ocorreu.

Não obstante, esta situação ainda me deixa com mazelas e, em determinadas situações ou posições, uma dor estranha sinto. Penso ir fazer um Raio X por precaução.

Hoje, sábado, dia sagrado de longa data, dedicado ao Futebol, faltei. Não me sentido totalmente recuperado não fui jogar. O dia estava excelente (para isso basta só que não chova ou não faça calor acima de 40º!), fiquei a olhar para o céu e apesar de não me querer martirizar, lá apareciam esses géneros de pensamentos. Sentia-me, peço desculpa se vou ofender alguém com a comparação, como um católico ferrenho que faltou à missa do Galo.

Hoje de tarde, ainda me interroguei se iria ou não ao ginásio e acabei por não ir. Espero amanhã sem falta poder exercitar, nem que seja na bicicleta. Amanhã é o dia da meia e mini maratona na Ponte e por receio e decorrente da situação acabei por não me inscrever.

Onde eu ganho forças (psicológicas) para ultrapassar algumas barreiras da vida é no ginásio, correndo na passadeira, ouvindo musicas dance ou jogando amigavelmente futebol.

Quando o raio desta dor passar, ninguém me vai parar!

Até lá… Deixem-me correr... Deixem-me Sonhar... Deixem-me Viver

segunda-feira, 10 de março de 2008

Primeiro tema de reflexão grega é a justiça

Peço desculpa, dia 8 (das Mulheres) já lá vai, mas não quero deixar de publicar um texto de Sophia de Mello Breyner:

Estavas grávida porém não recuaste
Porque a tua lição é esta: fazer frente
Pois não deste homem por ti
E não ficaste em casa a cozinhar intrigas
Segundo o antiquíssimo método oblíquo das Mulheres
Nem usaste de manobra ou de calúnia
E não serviste apenas para chorar os mortos
Tinha chegado o tempo
Em que era preciso que alguém não recuasse
E a Terra bebeu um sangue duas vezes puro
Porque eras a mulher e não somente a fêmea
Eras a inocência frontal que não recua

domingo, 2 de março de 2008

São Paulo

Esta frase, excerto da Carta de São Paulo aos Coríntios 12, 31; 13, 1-8 foi lida durante o casamento da Vanessa e do Filipe. A frase é espectacular:

Ainda que eu tenha o dom da Profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu possua a virtude da fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, nada sou

Casamentos

No passado sábado presenciei mais um.

A igreja da memória foi onde se consumou o matrimónio. Pequenita, mas engraçada. Pela primeira vez cheguei atrasado, depois dos noivos. Uma vergonha, da minha parte! Controlei mal o tempo, ou ele é que me controlou, não sei. Cheguei, entrei, e assentei-me num lugarzinho cá atrás, ao pé de uma miúda. Quando foi a Paz de Cristo e lhe estendi a cara, ela corou tanto que até me senti mal.

A Noiva, a Vanessa estava exuberante, os meus olhos brilharam certamente, ao ver tanta felicidade concentrada em si.

A Vanessa é minha colega no Banco. Está sentada ao meu lado direito. Foi estagiária e durante esse tempo de aprendizagem teve de ter muita paciência para aturar os meus súbitos ataques de mau feitio e o mais espectacular é que nunca deixou de perder o sorriso e a boa disposição. Ela bem merece todas as coisas boas deste mundo. O noivo também é do Banco, do mesmo edifício, e também ele cheio de Energia positiva.

O palácio dos Condes d’Óbitos, pertencente à Cruz Vermelha, foi o palco escolhido para o lauto banquete. Palácio sito na zona de santos, cheio de glamour, com uma biblioteca cheia de luz, repleta de livros nas quatro paredes e ao centro, uma mesa na qual eu já me imaginava a ler e a reflectir ou mesmo a cear.

Mas este casamento foi diferente, pois para além dos noivos, só conhecia mais dois colegas: Um ex-director: o Francisco e uma colega, a Joaninha, estagiária e a madrinha dos noivos. Quer o Francisco, quer a Joaninha, são pessoas que eu admiro, pois fazem-me rir imenso.

Antes do início do Almoço (que começou lá pelas 16h) tempo houve para as conversas. Conheci a esposa do Francisco, a Margarida, e sem dúvida que, é a outra metade dele.

Bom ambiente e disposição se proporcionou, contudo, na hora do almoço, a mesa onde pensava que iria ficar (com o Francisco e Margarida) não existia. Eu iria ficar numa mesa com outros 7 solteiros que eu desconhecia.

Apesar da reacção inicial não ter sido positiva, certo é que me diverti imenso. Mais novos que eu, mas com espírito de criança, como eu, logo começaram a tramar travessuras… A Joaninha conseguiu ficar sem sapatos e nem deu conta.

Ainda na hora do café a irmã do noivo, senta-se, a meu lado, e muito directamente: “Quem és tu que eu não te conheço?”. Lá lhe expliquei o que fazia ali.

A pista abriu com as piores musiquinhas (que são dedicadas aos nossos pais e avós) e mais tarde surgiram as músicas da moda (incluindo a do D’artacão). Dancei com a noiva, dancei com a irmã do noivo, dancei com a Maria do Carmo (rapariga que estava na mesa do Francisco), a festa se consumou e a diversão durou.

Ainda tentei ensinar uma coreografia de dança e no final já me chamavam-me de Dançarino.

Os noivos, bastante cansados, foram-se embora mais cedo que os convidados.

Foi um dia muito bom que me deixou muito bem.

Quando menos esperares…

Esta expressão é-me dito muitas vezes, quando digo que estou solteiro e que não namoro. É uma expressão que, da parte de quem a diz, tem a intenção de confortar o destinatário, transmitindo-lhe também esperança e ânimo. Peço-Vos desculpa, mas para mim, essa frase é quase um palavrão.

Quantos mais “quando menos esperares” vou ter de viver até que efectivamente quando menos esperar efectivamente algo aconteça?

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O Sr. desculpe, quer Felicidade? Não, não quero Tristeza sff

Terça-Feira, 12 de Fevereiro de 2008. Estava eu, muito descontraidamente, a esfoliar as páginas do diário gratuito METRO, lendo as “gordas”, quando na página 9, uma notícia desperta a minha atenção. No título vinha “Chega de Felicidade”, seguindo-se duas linhas com: “Contra a pressão geral para ser feliz, cientistas defendem que se deve aceitar melhor a tristeza”

Boa… Pressão geral para ser feliz… Já não nos bastava a pressão para todos os dias chegar a horas ao trabalho, a pressão para fazer as coisas para ontem, a pressão para não desagradarmos quem nos manda, há a agora também uma nova pressão, que é geral e que é para ser feliz.

Apesar de, no início, os termos utilizados deixarem-me estupefacto, não tanto pela positiva, o resto da notícia contentava-me crescentemente à medida que a ia lendo.

Então parece que uns Cientistas, Psicólogos e Escritores (Americanos pois claro!) cansados de uma tal indústria de Felicidade querem mostrar que a Tristeza e a Melancolia, afinal, são sentimentos nobres e perfeitamente normais e que os antidepressivos são o principal alvo a abater.

Eric G. Wilson, professor inglês da Wake Forest University, na Carolina do Norte, no seu livro Against Happiness - in praise of melancholy defende que a Tristeza e a Melancolia são factores de mudança para qualquer cultura que pretende inovar ou inventar, sustentando como exemplos John Lennon, Van Gogh, Woody Allen, entre outros.

Já Jerome Wakefield, professor da Universidade de Nova Iorque, no seu livro The loss of sadness: how psychiatry transformed normal sorrow into depressive disorder chama a atenção para falsos diagnósticos de depressão e afirma que é normal e muito saudável sentirmo-nos tristes depois de um acontecimento negativo, como perder o emprego ou terminar uma relação.

Não posso de discordar destes professores, e um facto é que este blog nasceu de um momento mais triste que atravessei. Esse momento levou-me à necessidade de escrever e desabafar e como tenho amigos dispersos por vários sítios, encaminhei-os para esta página.

Também concordo que devemos sentirmos tristes, pois como é que saberemos se somos felizes sem atravessar momentos tristes e melancólicos.

Já Adolfo Rocha (Miguel Torga) dizia [ou parafraseava Unamuno, já não me lembro] que O MELHOR DA VIDA É VIVÊ-LA, então que a vivemos com tudo que ela tem e tudo são os bons, os maus, os alegres, os horríveis, momentos!


PS 1- No Natal, recebi um desses livros que fazem parte da industria da felicidade. Depois do que aqui escrevi, obviamente que o vou ler. Não só por ser um livro (pois eu acho que todos os livros têm o direito de ser lidos e não altero a ordem de leitura só porque penso que vou gostar mais de um do que de outro) mas por ser um momento da vida!

PS 2 – Bem sei que deveria ter escrito na semana passada… Vou ter de rever novamente prioridades e criar ou multiplicar tempo. ;-)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

A Outra Sorte

Mal começou a minha senda, de bloguista e logo começava a sentir-me diferente. Após escrever o primeiro post, senti-me muito melhor. Foi um desabafo e mais leve fiquei. “Tou pronto para outra”, pensei

No dia seguinte, chegavam os comments dos amigos, preocupados, agraciando-me com palavras de incentivo e de preocupação. Bem certo que preciso de um “curatibo”, mas isso vai ter de ficar para depois. Agora tenho de Vos falar d’ “Outra Sorte”

Sábado, dia espectacular, Sol quente e acolhedor que nos motiva a sair de casa e a poder contemplar esta enorme estrela. E assim foi, depois de uma viagem de Bicicleta, de manhã, de ida e volta até ao parque da Bela Vista, com um jogo de futebol pelo meio, não satisfeito, decidi que, de tarde, iria até ao Parque das Nações, também de bicicleta.

Lá fui, numa viagem sossegada e maravilhosa. Apesar de não haver um corredor específico para Ciclistas, em Santa Apolónia, junto ao LUX, inicia-se uma estrada que serve o Porto de Lisboa e que ao fim-de-semana não tem tráfego. Assim, esta ciclovia alternativa, permite-nos pedalar, sem stress e sem preocupações de que algum carro nos possa magoar. Pedalando sempre junto ao Rio, admirava os Navios e questionava-me se um dia farei um cruzeiro… e com quem?… e para aonde?…

Já no Parque das Nações, com uma velocidade mais moderada, captava os movimentos dos mais pequenos (e perigos quando têm uma bicicleta nas mãos), recordando-me da minha infância no (pequenino – comparando com a Expo) Jardim da Estrela. Chegando ao parque de estacionamento, já perto de Sacavém, onde se realiza o SBSR, decidi que, a viagem de regresso, seria pela estrada e não pelo interior da Expo (Não gosto de passar pelos mesmos caminhos).

A viagem de regresso fluía, calmamente. Farto de carros, optei por regressar pela tal estrada alternativa, pois queria manter-me sem stress.

A certa altura, um desconhecido “colega” passa por mim. Nestas coisas de bicicleta, há uma espécie de “Street Racing”, que nos deve estar interiorizada, porque raramente alguém (que ande de bicicleta) fica indiferente a uma ultrapassagem e logo acelera a velocidade para não ficar para trás. Este “colega” estava num outro patamar de evolução, pois estava vestido à medida, com calções justos, sendo bem visíveis os músculos das pernas.

Ainda assim, não desisti, é um desafio, que depende, em grande parte, só de nós. Lá acelerei e lá o segui. É claro que, quando nos posicionamos atrás e a curta distância, o “colega” da frente, literalmente “trabalha” para nós. Ele lá foi cortando o atrito e o vento e com relativo esforço consegui-o acompanhar.

Já a 1 km de distância de Santa Apolónia, e do fim da ciclovia “adoptada” decidi que deveria passar para a frente e ser eu a “puxar”. Seguíamos a uma velocidade “vertiginosa” (isto é a 35 km/h).

Passo pelo LUX, a estrada a acaba, seguindo-se um parque de estacionamento. Deviam ser cerca de 17:30 H. A Luz estava um pouco fraca e tinha os óculos de sol colocados. Apesar de serem graduados, a graduação que neste momento tenho já não é suficiente.

Bem, o melhor vem agora, continuo com velocidade elevada, já a 30 km/h, penso entrar no parque de estacionamento, pois mais à frente a “estrada” continua. Estou a 10 metros de entrar no parque e… uma cancela… o que fazer? Passo por baixo? (como no filme em que a mota passa por debaixo do camião) deixo-me ir e espero pelo embate? Não! Tenho de passar junto ao passeio, talvez dê… TRAVAGEM BRUSCA… Roda de trás a derrapar e a roda da frente a roçar no lancil do passeio… o meu ombro passa a milímetros da cancela… o suporte da bomba de encher pneus parte-se… Eu mantenho-me na bicicleta de pé e… paro… sem ir ao chão… Fico atónico e tentando perceber como é que foi possível não me espetar. Quanto tempo demoraram a ler este parágrafo? Foi mais do que os 1,2 segundos que mediaram entre a descoberta da cancela e a própria. O “colega”, também admirado, olha para mim, balbucia qualquer coisa que não percebo e continua a sua viagem… Apanho a bomba íntegra no suporte partido.

Pois é, uma semana ainda não passou sobre o meu primeiro post, onde questiono a minha sorte e fé, e uma grande sorte vivo. Ainda agora me pergunto como estou são e sem uma única nódoa negra.

Neste mundo, tudo está em equilíbrio e a sorte que não tenho num lado, tenho-a no outro. Tenho sorte de ter uma bicicleta (aliás, até tenho duas), tenho sorte de poder andar de bicicleta, tenho a sorte de ter sítio para guardar a bicicleta, tenho a sorte de poder disfrutar a vida simples, aproveitando o sol, tenho a sorte de ter amigos que lêem este post e tenho muitas mais outras sortes.

Bem, a bicicleta, essa é que não ficou lá muito bem. Roda de trás empanada e um raio partido. Que chatice, na Terça já não posso ir para o Futsal de bicicleta, pensei. Bem, vou deixá-la na Sportzone do Chiado, lá, eles devem arranjar. No Colombo. Diz-me o rapaz da secção das Bicicletas da Sportzone do Chiado com ar incrédulo e com receio de mostrar que não percebia nada de bicicletas. O que faço? Para o Colombo não vou e não quero pagar o bilhete de metro pois tenho passe (mas não estava comigo). Perto da Praça do Município (que sorte tenho em trabalhar aqui) há uma loja de Bicicletas. Sim, arranjamos bicicletasEh pá… Isto não dá para desempanar, diz-me o rapaz da loja. Bem, ponha-me uma roda nova, então. Lá se foram 60 €, com a roda, arranjo e com outras peças e afinações que a bicicleta já andava a precisar.

A reparação foi em meia hora, numa sequência contínua de acontecimentos, como se tudo tivesse sido planeado.

Linda foi esta experiência…

Obrigado

Meus amigos, quero desde já agradecer a todos os que me felicitaram e a todos os que falaram comigo, quer através do Blog, quer pessoalmente, pois as Vossas palavras serviram de consolo e de encorajamento.

Uma vez que não posso estar presente com todos vocês, tentarei, no meu blog, elucidar-Vos do que ando a fazer e no que ando pensar, como se estivéssemos bem perto, num café, num campo de futebol, etc.

Assim, assumo o compromisso de manter este blog “vivo”, pelo que tentarei, semanalmente, colocar um post. Espero que Vocês, meus grandes amigos, também estejam atentos e se vão lembrando de mim, colocando um simples comment, nem que seja um “hmm”! ;-). Vá, ponham a página nas Favoritos, sff.!

Um grande bem-haja para todos Vós
Adoro-Vos

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

O inicio

Longe vão já as noites em que não as passava em casa. Parece que a Juventude eterna já terminou. Os amigos estão casados, os que não estão casados na Lavoura andam e outros aguardam pelo seu rebento... cuja concepção não foi planeada...

É a noite véspera de feriado de Carnaval e uma batalha explode em mim… A vontade de estar na diversão e a vontade de estar aconchegado, em casa, quentinho…Perto daqueles que continuam a se “escravizar” por mim, em troca de um Amor frio, muita vezes despreocupado e egoísta da minha parte.

Não vale a pena colocar a máscara, ou se for para colocar que seja a máscara da verdade ou a máscara do falhanço.

Não estou habituado a lidar com a derrota. É verdade que, no Futsal, as minhas prestações estão cada vez piores, mas no Ginásio, na Passadeira, todos os meses consigo mais um recorde, por mais pequeno que seja, por mais um minuto a correr, por mais 0,1 de inclinação, o meu espírito renova e a ambição renasce. No trabalho, não tenho razões de queixas.

E lá estou eu, coloquei a máscara que não queria colocar… Quero assumir o erro porque estou disposto a emendá-lo, mas chegarei tarde?

Se recuar 10 anos no tempo, teria hoje 19 anos. Estaria no 1º ano da Faculdade. Nessa data, se me perguntassem como estaria daqui a 10 anos, a resposta era simples: Casado, com 1 ou 2 filhos, a viver numa casinha e todo feliz da vida.

É um choque tremendo quando confronto a realidade perspectivada e a realidade actual. Onde terei falhado? Porque não fui capaz de obter o futuro que tanto almejava? Fui ou Serei Eu ou serão as contingências?

Imagino-me, por vezes, a viver outros tempos, no Portugal das décadas que antecederam o 25 de Abril. Estaria sem Liberdade, mas seria feliz com a minha prole?

Então e já agora, a fé? A minha Nª Senhora de Fátima por mim visitada, todos os anos, de bicicleta? O meu Santo António? Estarão a eles a zelar pela minha felicidade? Espero que não. Pois seria injusto. Tenho de ver as ajudas do “divino” como um “Plafond” onde obviamente os mais necessitados estarão em primeiro lugar.

É fácil colocar os nossos erros em factores que não controlamos. Eu e só eu é que falhei.

E o voluntariado… sempre a adiar o dia de começar a prestar o meu auxílio às vítimas dos efeitos secundários do Capitalismo (ainda que dele seja crente e adepto).

De Bicicleta já fui até ao Algarve. Já fiz Castelo-de-Bode a Lisboa num dia. Já cruzei fronteiras Europeias numa Bicicleta que não me conhecia nem eu a conhecia a ela. Também o fiz ajudado, claro está. Aliás de outra maneira não o teria feito, nem aqueles feitos teriam existido.
E chego a este ponto: Os meus triunfos tiveram uma “mão invisível” e as minhas derrotas têm apenas um culpado: Eu

Anseio por crescer, para prescindir das mãos invisíveis e para poder dizer que venci, mas chegarei?

A rotina e o vazio de novidades deixa-me assim.
E assim nasce este blogue...